Uma atitude solidária tão simples, rápida e indolor, que transforma a vida de até quatro pessoas, e não tem impacto na saúde do doador. Mas afinal, como o corpo reage após a doação de sangue?
Os rumores são infinitos: o sangue afina! Não, o sangue engrossa! Doar sangue emagrece, ou doar sangue prejudica o doador. Doar sangue é perigoso para a saúde, expõe a pessoa a doenças variadas, entre muitos outros. Em meio a tantas informações, o que é mito e o que é verdade?
A doação de sangue leva 30 minutos, não dói, tampouco oferece riscos ao doador. Durante o processo, cerca de 10% do sangue total é colhido, depois separado e usado para diversos tratamentos. Quando o processo termina, o corpo começa a se adaptar.
Nas primeiras 24 horas, a quantidade de sangue doado já é reposto. Sim, em um dia o corpo humano já conseguiu produzir os componentes necessários e não há mais déficit!
As proteínas, no entanto, são teimosas: levam semanas para voltarem aos números ideais. Por isso, a recomendação do Ministério da Saúde é que haja o intervalo entre as doações de sangue de 60 dias para homens e 90 para mulheres.
Corpo inteligente
As células humanas têm vida de aproximadamente 120 dias. Ou seja, a cada quatro meses, em média, elas se renovam. Essa lógica vale para o corpo inteiro, e não seria diferente para o sangue.
O corpo interpreta a doação apenas como a remoção daquelas células doadas – aqui, hemácias, plasma e plaquetas – e como estímulo para produzir novas. Por isso, como citamos no começo do texto, a quantidade doada é reposta em 24 horas.
Mas e as pessoas que apresentam febre ou ficam doentes depois de uma doação?
Médicos indicam que doadores que têm algum sintoma de doença logo após a doação já estavam com algum antígeno incubado e os sintomas acabaram coincidindo com a doação. O processo, em si, não é causa de doença.
Doar sangue não prejudica a saúde do doador, e só melhora a de quem recebe – doe você também!