Solidariedade: voluntários dedicam o tempo ao próximo no Paraná
Pesquisa mostra que mais da metade dos brasileiros faz trabalhos do tipo. Exemplos não faltam no Paraná
A pesquisa “Voluntariado no Brasil 2021”, realizada pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) e Instituto Datafolha, revela que pelo menos 57 milhões de brasileiros – um terço da população – doaram parte do tempo para ajudar o próximo.
Para 74% dos entrevistados, o que mais os motiva é a solidariedade. O que não faltam no Paraná são exemplos de quem faz trabalhos voluntários.
André Marcel é voluntário na “Ajudantes do Bem”, grupo que visita casas de idosos para conversar, cantar, rir e dar carinho.
“O que a gente tem que pensar e se fosse a gente? se fosse a gente, aqui num cantinho, abandonados pela família, outros não, como a gente queria ser tratado”, afirma André, que nas ações se transforma no palhaço Chiclete.
Para a coordenadora do voluntariado do Hospital Pequeno Príncipe, Rita Lous, a doação de tempo e conhecimento para o próximo é uma via de mão dupla, todos saem ganhando.
“Ser voluntário é poder transmitir aquilo que você tem de melhor para uma outra pessoa, para que ela viva bem no momento que está passando. E isso retorna, é uma dinâmica. Então quem começa a ser voluntário nunca mais para”, afirma.
As ações são voluntárias, mas como o próprio nome diz, são um trabalho, o que implica comprometimento. Porém, quem pratica o voluntário relata que o “salário” de quem se doa o dinheiro não consegue pagar.
“Sem dúvida é uma satisfação imensa, é de um crescimento, de entender melhor as diferenças, de ver que existe uma realidade muito impactante, muito distante da sua, mas que você pode ter uma influência e levar essa realidade a um patamar mais altruísta”, complementa Rita Lous.
Na sala da ONG “Junta Mais”, de Curitiba, a solidariedade é palpável. Dentistas doam o material, o tempo e conhecimento para atender pessoas que não conseguem pagar por um tratamento.
A dentista Mariane Ferreti é uma das voluntárias e atende pacientes na ONG uma vez por semana. “A gente ajuda as vezes mas, nem sabe o quanto que ta ajudando!”, conta.
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A dentista atua uma vez por semana atendendo pacientes da ONG — Foto: RPC Curitiba
“Eu sou mais realizada profissionalmente, porque eu vi que eu consigo alcançar as pessoas de um modo que eu não imaginava que seria possível”, afirma a dentista.
A auxiliar de limpeza Sirlene de Fátima Claudio afirma que evitava tirar fotos, e escondia o sorriso por vergonha. Mas isso ficou no passado. Ela foi atendida pela dentista voluntária.
“Eu to sorrindo de volta pra vida! Muito feliz! Eles me ajudaram a sorrir de novo”, afirma.
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Sirlene voltou a sorrir após ser atendida por ONG — Foto: RPC Curitiba
Fonte: G1 Paraná.